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“Marcha da Regulação” reúne cerca de mil servidores na Esplanada dos Ministérios

Pela primeira vez, as dez agências reguladoras, além do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), entram em greve conjuntamente, em prol do movimento unificado promovido pelo Sinagências, Condsef, CNTSS, FENASPS e CUT em torno dos interesses da categoria. A prova da união entre os trabalhadores ocorreu ontem, na "Marcha da Regulação", que reuniu cerca de mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.

A expectativa era de que, após o ato público, o Comando de Greve se reunisse com a equipe da Secretaria de Relações de Trabalho do MPOG (SRT/MPOG). O encontro estava marcado para as 20h, mas, na última hora, foi remarcado para a próxima semana, causando, mais uma vez, frustração dentre os trabalhadores que participaram da mobilização. Os servidores esperam que hoje, 20, seja definida uma nova data para que a categoria negocie com o governo (documento do MPOG em anexo).

Considerando o adiamento da reunião, a categoria organizou uma assembléia no local do e deliberou a continuação da greve por tempo indeterminado.

Os servidores se concentraram na Catedral e partiram para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), onde realizaram um ato público que contou com a participação de representantes de todas as autarquias e o DNPM.

O presidente do Sinagências, João Maria, ressaltou a importância de os servidores seguirem em frente e não desistirem da mobilização. "As agências regulam 80% do PIB brasileiro e temos que nos unir para mostrar ao governo que somos importantes e temos quer ser valorizados", considera.

A diretora-executiva da Associação dos Servidores da Anatel (Asanatel), Raquel Salgado, ainda completou dizendo que os trabalhadores precisam de capacitação. "Além disso, não temos o mesmo tratamento dado a carreiras consideras exclusivas de Estado, a exemplo do Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários. Ninguém está aqui só por salário. Queremos subsídio e paridade já", comentou.

Paulo Perci, servidor da ANTT, lembrou que, em 2008, os servidores estavam divididos. Apenas cinco agências paralisaram as suas atividades. "Agora, paralisamos as 10 agências e o DNPM. Dilma, negocia já. Os trabalhadores não voltam a trabalhar enquanto o governo não negociar", diz.

Em face da força do movimento, o governo ameaça cortar o ponto dos servidores em greve, o que vem causando indignação por parte da categoria. "Estamos, pacificamente, no gozo de nosso pleno direito de greve. Ameaçar, diariamente, o corte de ponto, é uma postura de tortura psicológica. Cortar o ponto é torturar o trabalhador e sua família a cada dia descontado. Eu não nasci nem vivi os anos de chumbo, mas parece que a presidenta aprendeu bem", afirma Ricardo de Holanda, diretor de Comunicação do Sinagências.

COMANDO NACIONAL DE GREVE