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PROGRAMA NACIONAL BUSCA REDUZIR USO EXCESSIVO DO ÁLCOOL

Reduzir casos de violência e os danos à saúde causados pelo consumo abusivo de álcool são metas das políticas públicas do governo federal. Um decreto com a Política Nacional sobre o Álcool está em fase final de análise na Casa Civil e deve ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. O documento, que conta com estratégias de vários ministérios, estabelece maneiras de prevenir o uso excessivo do álcool e garantir o acesso ao tratamento à população.
 
O 2º Levantamento Domiciliar sobre uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), em 2005, estima que existam mais de cinco milhões de brasileiros dependentes de álcool entre 12 e 65 anos. De acordo com a pesquisa, a cada seis homens que experimentam o álcool, um se torna alcoolista – termo utilizado para quem tem dependência da substância. Para as mulheres, a razão é menor: a cada dez que experimentam, uma se torna dependente.
 
Com a política nacional, o governo pretende, por exemplo, capacitar professores, profissionais da saúde, firmar parcerias com municípios para ampliar o tratamento à dependentes, fiscalizar a venda e também regulamentar a publicidade de bebidas alcoólicas como as cervejas. As destiladas, com maior teor alcoólico, como a cachaça, já sofrem restrição de horário para exibição na televisão e no rádio.
 
A diretora de Prevenção e Tratamento da Senad, Paulina Duarte, explicou em entrevista à Agência Brasil que um dos conceitos principais da política é "não banalizar o potencial de prejuízo do consumo em excesso" do álcool. A idéia, conforme informou, é alertar a população para os riscos do uso excessivo da bebida alcoólica, alcançar o usuário antes que ele se torne dependente e tratar os alcoolistas.
 
A Política Nacional sobre o Álcool está sendo discutida há três anos com diversos segmentos do governo e será articulada com vários ministérios e órgãos de governo como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Entre as medidas, está prevista a capacitação de agentes de saúde, professores e lideranças indígenas.
 
A proposta do governo traz ainda recomendações para a realização de estudos periódicos sobre os padrões de consumo da bebida no país e a relação com acidentes automobilísticos, o que poderá, de acordo com a diretora da Senad, subsidiar a construção de políticas públicas para o setor. 
 
Fonte: Jornal da Mídia / Agência Brasil